O ex-soldado da Polícia Militar, Célio Alves de Souza, foi condenado a 24 anos e oito meses de prisão assassinatos dos agricultores Brandão Araújo Filho e José Carlos Machado Araújo, ‘Irmãos Araújo’.
O ex-capitão Marcos Divino Teixeira da Silva foi absolvido por insuficiência de provas.
A sentença foi lida pelo juiz Wagner Plaza Machado Júnior às 2h45 da madrugada desta sexta-feira (15).
Durante o depoimento Célio Alves confessou a participação nos assassinatos.
CONFISSÃO DO PISTOLEIRO
Os crimes começaram a ser desvendados em setembro de 2003, pelo Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco).
Quando o cabo da PM/MT Hércules, confessou espontaneamente a participação no assassinato dos ‘Irmãos Araújo’.
‘Cabo Hércules’ não só assumiu os assassinatos dos irmãos de Rondonópolis, como participou da reconstituição dos crimes.
Ele apontou como coexecutores o ex-soldado da PM/MT Célio Alves, o ex-sargento da PM/MT, José Jesus de Freitas (morto pelos acusados Hércules e Célio).
Além do capitão da PM/MT, Marcos Divino, como também apontou a família Marchett como mandantes dos crimes.
RECONSTITUIÇÃO DOS CRIMES
No dia 25 de outubro de 2003 foi realizada a reconstituição dos dois crimes ocorridos em Rondonópolis.
O laudo da reconstituição foi concluído no sentido de que “Não houve divergência em pontos cruciais para elucidação do caso”.
São 136 fotos que ilustram a dinâmica adotada pelo ex-cabo Hércules Agostinho para executar os dois irmãos.
O laudo diz ainda que há compatibilidade entre as informações dadas pelo ex-cabo em seus depoimentos e a reconstituição dos crimes.
Da mesma forma, os ferimentos encontrados em ambas as vítimas são compatíveis com a arma usada por Hércules, uma pistola de nome milímetros.
Na ocasião, Hércules reconheceu e apontou a Sementes Mônica, empresa da família Marchett.
Como o local em que ele e o ex-soldado Célio Alves receberam um veículo Gol como pagamento pela execução.