O deputado Wancley Carvalho (PV) mediou as discussões sobre o tempo de permanência de presos nas delegacias de polícia e a falta de unidades para abrigar adolescentes infratores, durante Audiência Pública, na Assembleia Legislativa de Mato Grosso.
O evento foi realizado na tarde de quinta-feira (10.09), e reuniu representantes da Polícia Civil, da secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) e dos sindicatos dos investigadores, agentes prisionais e do socioeducativo.
A criação de novas vagas no sistema penitenciário, inicialmente, seria a solução para o problema. De acordo com Wancley, que por oito anos atuou como investigador de polícia em Pontes e Lacerda e também já foi agente prisional em Jauru, o debate definiu ações estratégicas para minimizar o problema.
Para o parlamentar, é preciso unir forças para encarar de frente este problema que já se arrasta por vários anos."Vamos acompanhar de perto, por meio da Comissão de Segurança Pública da Assembleia, a construção das unidades prisionais em Porto Alegre de Norte, Peixoto de Azevedo, Sapezal e Várzea Grande que já estão em andamento.", afirmou o parlamentar que é membro titular da Comissão.
Ainda após a audiência, o deputado afirmou que será feito levantamento junto ao Governo do Estado para conhecer as condições de trabalho do sistema socioeducativo. O parlamentar também se comprometeu em fiscalizar a execução do plano estadual estratégico que trata da modernização do sistema prisional.
Para auxiliar na ressocialização dos detentos, será feito um trabalho em parceria com a Fundação Nova Chance, mantida pelo Estado que tem como objetivo a reinserção social de pessoas que estão em privação de liberdade, além de auxiliá-las na recuperação e na assistência familiar.
Participaram da audiência o delegado geral da Polícia Civil, Adriano Peralta Moraes, o presidente do Sindicato dos Investigadores, Cledison Gonçalves, presidente do Sindicato dos Agentes Prisionais, João Batista Pereira, secretário adjunto de Justiça, Luiz Fabrício Vieira Neto, além de investigadores e escrivães e representantes dos segmentos ligados ao sistema penitenciário e socioeducativo.