A crise hídrica já provoca impacto no preço de frutas e legumes. Por causa da falta de água para irrigação, os valores dobraram em estabelecimentos de São Paulo.
A escassez na produção de vagem, quiabo, alface e ervilha torta, por exemplo, é motivo de preocupação entre comerciantes da Ceagesp e feirantes.
Na Ceagesp, o dono de um sacolão comprou uma caixa de quiabos por R$ na semana passada. Três dias depois estava custando R$ 140.
Outro comerciante contou que hoje carrega o caminhão com 100 caixas de produtos. Antes da crise da água e da consequente alta nos preços, o ele costumava comprar até 500 caixas.
Numa feira do Sumarezinho, na zona Oeste, o preço de um pé de alface chega a R$ 4. Antes, era vendido por R$ 1,50 e com melhor qualidade, segundo os vendedores.
"Tem que comprar hoje e comer até amanhã senão estraga", diz um feirante.
A seca obriga os agricultores a poupar água, por isso a produção diminui e os preços sobem.
De acordo com a Agência Nacional de Águas, a irrigação é a atividade que mais utiliza o recurso, respondendo por 72% de toda a água consumida no país.