CPI das Obras da Copa ouve mais duas testemunhas

Redação PH

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CPI das Obras da Copa ouve mais duas testemunhas

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Obras da Copa do Mundo 2014 ouviu hoje (24), pela manhã, mais duas testemunhas. A primeira delas foi o ex-assessor especial da Secopa, João Paulo Curvo Borges. Ele iniciou na Agecopa como coordenador e depois da mudança para Secopa passou a ocupar o cargo de assessor.

João Paulo afirmou que não tinha vínculo político para exercer o cargo. “Nesse período à frente das obras da Arena Pantanal auxiliei a Santa Bárbara Mendes Júnior”, disse ainda que, no cargo de engenheiro civil, trabalhou apenas na execução das obras, e que no cargo não teve outra função.

Questionado pelo deputado Wagner Ramos (PR) se sabia quem havia elaborado os estudos para a construção da Arena Pantanal, João Paulo disse que era apenas fiscal de contrato.

“Também não sei quem dava as ordens de serviços. Era fiscal da obra. Tinha uma equipe técnica da Concremax composta por 19 engenheiros, cada um fazendo uma função especifica. Ela tinha know how para isso", afirmou o engenheiro.

Em relação a planilhas voltadas a aditamentos de valores financeiros ao longo das obras da Arena Pantanal, João Paulo disse que houve "ora para maior, ora para menor". Wagner Ramos disse que houve prejuízo na mudança para aquisição de equipamentos voltados à Tecnologia de Informação (TI). Para Ramos, os valores foram bastante elevados.

João Paulo disse que, no projeto inicial, constava um orçamento da ordem de “R$ 73 milhões, mas o valor final chegou a R$ 157 milhões. Infelizmente, esses equipamentos se tornaram obsoletos porque não estão sendo usados. O TI da Arena Pantanal é um dos mais modernos", afirmou João Paulo.

A outra testemunha ouvida pelos membros da CPI das Obras foi o ex-secretário adjunto de Infraestrutura da Secopa, Marcelo Oliveira. Ele afirmou que ficou à frente da pasta por dois anos – 2010 a 2012. Ele pediu demissão do cargo para ser secretário municipal de Infraestrutura de Cuiabá, a convite do prefeito Mauro Mendes (PSB).

Marcelo Oliveira afirmou que não tinha acesso à parte financeira, que seu trabalho era técnico. "Todos os projetos passavam por revisão, para isso foram contratadas empresas de gerenciamento para acompanhar as obras da Copa”, afirmou Oliveira.

Questionado sobre as obras da Arena Pantanal e das travessias urbanas em Cuiabá e Várzea Grande, Oliveira afirmou que todas elas também tinham acompanhamento.

"Os projetos passavam por revisões periódicas. Mesmo assim, as obras apresentam problemas em suas características. O que não pode acontecer é elas desabarem, assim como aconteceu em Belo Horizonte, que um viaduto desabou e acabou matando uma pessoa", disse Oliveira.

Segundo ele, todas as obras precisam ter revisões. “Se você não tem certeza técnica, é melhor fazer uma revisão. Quando estava à frente dos trabalhos da Secopa, a empresa que fazia as vistorias era a Concremax”, disse Oliveira.

Em relação à dotação orçamentária voltada à construção da Arena Pantanal, Marcelo Oliveira afirmou que, quando assumiu o cargo, a obra já estava em execução. “Do que estava contratado tinha recursos, mas a partir do momento que deixei a Secopa não sei responder”, disse Oliveira.

A CPI das Obras iria ouvir mais duas testemunhas na manhã de hoje (24), mas as oitivas ficaram para a próxima terça-feira (01), às 9 horas, no auditório Milton Figueiredo. As duas testemunhas são o ex-presidente da Comissão de Licitação da Secopa, Eduardo Rodrigues da Silva, e o auditor do Estado e ex-secretário adjunto de Infraestrutura e Desapropriações da Secopa, Alysson Sander de Souza.

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