O COT UFMT deve ficar cerca de 25% mais caro em relação ao último valor divulgado pela Secretaria de Cidades (Secid) de quase R$ 20 milhões. O acréscimo é por conta da pista de atletismo com padrão internacional que teve seu valor fixado em dólar quando foi realizada a licitação. O produto utilizado é importado e demora até 90 dias para chegar ao país após efetuada a compra.
O valor final da pista já instalada é de U$$ 1,5 milhão. No câmbio a R$ 3,85 desta sexta-feira, a pista chega a marca de R$ 5,77 milhões, ou seja, o o Centro Oficial de Treinamento da UFMT pode atingir o valor de R$ 25 milhões. Orçado inicialmente em R$ 15,8 milhões (já com o valor da pista embutido) teve alguns aditivos que levaram o valor para quase R$ 20 milhões. Mesmo assim, o valor da pista segue sendo cotado à parte.
Segundo a Secid, "o Ministério dos Esportes anunciou que aportará os valores necessários para execução e conclusão da pista por meio de convênio firmado entre o Governo Federal e a UFMT. Conforme levantamento realizado pela universidade, a previsão de investimento é de US$ 1,5 milhão".
Nesta semana, o governo e o consórcio responsável pela obra, que tem cerca de 80% de conclusão, repactuaram os cronogramas físicos e financeiro da construção. Os ajustes tem previsão de serem finalizados até o final de outubro, quando aí sim está prevista a assinatura da ordem de serviço para que, enfim, a obra seja retomada. O canteiro de obras está abandonado desde o final do ano passado.
A equipe da UFMT protocolou os documentos complementares referentes à construção da pista, que terá 400 metros e oito raias. Ela é vulcanizada, com camada dupla de borracha natural e sintética (polysoprene). Do total de raias, uma terá 100 metros, duas serão para à modalidade de salto com vara, uma para salto triplo e extensão, outras duas para lançamento de peso, uma para lançamento de dardo e as duas últimas para salto em altura.
– A expectativa da comunidade de atletismo é muito grande. O esporte vai ganhar muito com esta obra e os atletas terão condições adequadas para treinamento, além de despontarem cada vez mais no cenário nacional e internacional – disse Francisco Silva, o Chiquinho, presidente da Federação de Atletismo de Mato Grosso.
Além do COT da UFMT, a expectativa é que o COT Barra do Pari também tenha as obras retomadas em breve. O valor inicial era de R$ 25,5 milhões, mas já está em R$ 31,7 milhões. A obra está com cerca de 70% das obras concluídas. Quando pronto, será o primeiro estádio de Várzea Grande. As duas obras são de responsabilidade dos consórcios Engeglobal e Três Irmãos.
Veja as informações divulgadas pelo governo
Orçada em R$ 19.810.832,87, a obra do COT UFMT já conta com 74% dos serviços executados e é de responsabilidade do Consórcio Campus Universitário, formado pelas empresas Engeglobal e Três Irmãos. Ao todo, o projeto prevê a construção de 5,4 mil metros quadrados. A obra, que teve ordem de serviço assinada em março de 2013, tinha prazo de execução de 300 dias e deveria ter sido finalizado no início do ano de 2014 para utilização durante a Copa do Mundo.
Idealizado pelo professor José Afonso Portocarrero, o projeto do COT UFMT conta com capacidade para 1,5 mil torcedores, campo de futebol, além de instalação das estruturas de arquitetura, fundações, terraplanagem, drenagem, pavimentação, estrutura metálica, instalações hidrossanitárias, elétricas, telecomunicações, luminotécnica, climatização e ventilação, prevenção e combate a incêndio, paisagismo, gramado e comunicação visual.
Recentemente, a Secid notificou os Consórcios Campus Universitário e Barra do Pari para realização de serviços de limpeza e manutenção nos canteiros de obras. Os documentos previam reparos nos sistemas de sinalização de segurança, na manutenção do gramado do campo de futebol e ainda no sistema de iluminação.
Treino da Coreia do Sul em Cuiabá. Seleções usaram apenas o gramado, já que os vestiários não estavam prontos (Foto: Hélder Rafael)
