Contabilistas pontuam em evento formas de melhorias para o ensino na área

Redação PH

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Contabilistas pontuam em evento formas de melhorias para o ensino na área

Os temas discutidos durante o Encontro de Coordenadores e Docentes de Ciências Contábeis, que visam a melhoria da qualidade de ensino na área de ciências contábeis, serão encaminhados para o Conselho Federal de Contabilidade (CFC) em um documento denominado de “Carta de Cuiabá”. A intenção, segundo o vice-presidente de Pesquisa e Estudos Técnicos do Conselho Regional de Contabilidade de Mato Grosso (CRC-MT), Aloísio Rodrigues da Silva, é destacar as formas de melhorias para o ensino, focando nos resultados dos alunos nos exames de suficiência e no Enade.

De acordo com ele, o encaminhamento da Carta ao CFC reforçaria as reivindicações junto ao Ministério de Educação. Nossa preocupação é para a implementação da educação continuada na categoria. Sabemos por onde começar, que é pelo corpo docente. Não tínhamos outra saída se não começar pela academia”, pontuou Silva na abertura do evento que foi realizado nos dias 18 e 19 de agosto, em Cuiabá.

A presidente do CRC-MT, Silvia Cavalcante, ressalta que para contribuir para a qualidade dos novos profissionais lançados no mercado de trabalho, o Conselho tem buscado constantemente investir na educação continuada. “Não tem como avançar na profissão se não investir na qualificação profissional”, disse.

O presidente do Sindicato dos Profissionais de Contabilidade em Mato Grosso (Sincon-MT), Deosdete Gonçalves, reforçou para a necessidade de qualificação dos profissionais de contabilidade, afim de melhorar o serviço prestado. Na ocasião, o presidente da Academia Mato-grossense de Ciências Contábeis (Amacic), Ivan Echeverria, ressaltou a necessidade de atuação da Academia, que deve promover divulgar e valorizar o conhecimento cientifica e tecnológico da contabilidade. Foram ainda empossados os últimos seis acadêmicos para compor as 40 cadeiras da Amacic.

Seguindo a programação, foi ministrada a palestra “Ensino da Contabilidade no Brasil: necessidades de adaptação às normas do IFRS”, pelo doutor em controladoria e contabilidade pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo, Benjamin Marine Acuña. Segundo ele, os docentes precisam buscar a atualização das informações do segmento de contabilidade, considerando situações básicas como as mudanças nas legislações.

Os participantes conferiram também o painel “O desempenho dos estudantes de Ciências Contábeis no Exame de Suficiência e no ENADE”, dos contadores Marisa Luciana Schvabe de Morais; Oscar Lopes da Silva e Valdiva Rossato de Souza, e coordenado pelo presidente da Amacic, Ivan Echeverria. Para Marisa, o desempenho baixo dos estudantes nos exames está relacionado ao número de instituições e cursos espalhados pelo país, a capacidade do corpo docente, a matriz curricular e ao estágio. “Tivemos um aumento de quase 500% no número de instituições que oferecem o curso de ciências contábeis. Sabemos que esse crescimento não veio acompanhado de qualidade”, diz.

No segundo dia de evento, foi realizado o painel “Diretrizes Curriculares do CNE para os cursos de Ciências Contábeis no Brasil”, que considerou questões como o estagio obrigatório, TCC ou monografia na grade curricular. Os painelistas foram: Elizabete Marinho Serra Negra, Elcida Helga Maier e Josemar Ribeiro de Oliveira, sob coordenação do vice-presidente de Pesquisa e Estudos Técnicos do CRC-MT, Aloísio Rodrigues da Silva.

O Encontro seguiu com as palestras “A profissão contábil e sua influencia politica na tomada de decisões em nosso País”, ministrada por Alexandre Bossi Queiroz e coordenada pela presidente do CRC-MT, Silvia Cavalcante; e “As tecnologias digitais e a educação contemporânea”, conduzida por Marco Maschio Chaga e coordenada pela diretora de Pesquisa da Amacic, Soa Ines Niveiros.

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