Como reagir a uma possível febre de seu bebê?

Redação PH

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Como reagir a uma possível febre de seu bebê?

Decifrar o que uma pessoa está sentindo quando ela não pode falar é muito difícil. É assim que muitas mães se sentem nos primeiros meses de vida do filho. Para evitar que uma doença passe despercebida a pediatra Natasha Slhessarenko, diretora-médica do laboratório Cedic Cedilab, ensina como ficar de olho em algumas informações da linguagem corporal do bebê, principalmente em um dos sintomas mais importantes nos primeiros meses de vida da criança: a febre.

Como identificar a febre no bebê?

Se o bebê está com o corpo quente, mas com as extremidades (pezinhos e maõzinhas) frias, ou até roxeadas, ele pode estar com febre. Para conferir a suspeita, é sempre recomendado confirmar a temperatura através do termômetro. A febre é considerada quando a temperatura axilar está acima de 37,5º C, entretanto a partir de 37º C a temperatura está acima do normal sendo referida como subfebril. Em recém-nascidos até o 3º mês de vida, sempre que houver febre o médico deve ser consultado. Em crianças maiores pode-se até aguardar, caso a criança não apresente outros sintomas.

Como abaixar a febre da criança?

Em casa, é indicado um banho em temperatura natural e compressa de água na testa, virilha ou axila da criança para abaixar a febre. “Há um conceito errado de que deve-se colocar a criança debaixo de uma água gelada”, explica a médica. Já a utilização de medicamento antitérmico deve ser sempre orientada pelo pediatra, tendo em vista que a “dose a ser dada para a criança varia conforme o peso da mesma e precisamos estar atentos aos possíveis efeitos colaterais destes medicamentos”, conclui Dra. Natasha.

Quais são as doenças mais comuns que levam à febre no bebê?

As doenças que mais frequentemente levam à febre são, disparadamente, as infecções virais como o resfriado ou a gripe. Na sequência temos ainda doenças virais como outras infecções de vias aéreas superiores (otites, amigdalites e sinusites), as doenças comuns da infância como a varicela, exantema súbito e as infecções bacterianas como pneumonias ou infecções urinárias.

Como é feito o diagnóstico no consultório médico?

Dependendo da idade, a criança não pode explicar o que está sentindo, os pediatras ficam dependente do relato das mães, por isso é importante prestar atenção no comportamento do bebê assim que suspeitar de algum problema. “Se por acaso, mesmo com detalhamento da história clínica e um exame físico muito bem feito, não for possível estabelecer o diagnóstico, alguns exames laboratoriais de sangue e urina devem ser coletados e, às vezes, até exames de imagem deverão ser feitos, especialmente em recém-nascidos até o 3º mês de vida “pelo risco de uma doença grave chamada bacteremia oculta ou pneumonias e meningite, por exemplo”, reforça a especialista.

Qual é a diferença entre a hipertermia e a febre?

Enquanto a febre ocorre por alteração no centro termoregulador do hipotálamo (região do nosso cérebro), a hipertermia é um aumento da temperatura acima da capacidade dos mecanismos de perda de calor do organismo causado por questões externas. “Bem comum por exemplo quando sentimos calor ao nos exercitarmos”, explica Natasha. Se a criança está quente, mas também está suada, principalmente na nuca, ela está com calor e não com febre, é hora de tirar os cobertores e diminuir a quantidade de roupas que a criança está vestindo. “Aqui em Cuiabá, com a chegada do verão, as crianças podem ficar desidratadas por causa do calor. Nesse caso, é importante hidratar o seu filho com água, líquidos em geral e, no caso dos bebês ainda em aleitamento materno exclusivo, o leite materno. O ato de hidratar a criança faz a temperatura corporal abaixar”, reforça a médica.

Alerta!

Uma elevação da temperatura nunca pode ser subestimada. A febre é um mecanismo de defesa para dizer que algo não está bem, e deve funcionar como um alerta para a família. “Quanto menor for a criança menos específicos são os sintomas, ou seja, essa febre pode indicar desde um resfriado até uma meningite. Por isso a febre em um bebê recém-nascido e mesmo no lactente (até os dois anos de idade), deve sempre passar por uma avaliação criteriosa de um pediatra”, conclui a diretora-médica do Cedic Cedilab.

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