No final de fevereiro, a Petrobrás anunciou uma redução no preço dos combustíveis. Nas refinarias, a gasolina ficou 5,4% mais barata, enquanto o óleo diesel, 4,8%.
Em parte de Mato Grosso, a redução chegou nas bombas. Até mesmo etanol teve redução. Mas em Rondonópolis a baixa não aconteceu.
De acordo com os levantamentos realizados pela Agência Nacional do Petróleo, entre as três maiores cidades do Estado, Rondonópolis é que vende o combustível mais caro.
Dados ANP:
Várzea Grande
Etanol: mínimo R$ 2,41, máximo R$ 2,79.
Gasolina: mínimo R$ 3,549, máximo R$ 3,82.
Diesel: mínimo R$ 3,090, máximo R$ 3,399.
Cuiabá
Etanol: mínimo R$ 2,447, máximo R$ 2,89.
Gasolina: mínimo R$ 3,499, máximo R$ 3,899.
Diesel: mínimo R$ 3,090, máximo R$ 3,599.
Rondonópolis
Etanol: mínimo R$ 2,56, máximo R$ 2,90.
Gasolina: mínimo R$ 3,590, máximo R$ 3,899.
Diesel: mínimo 3,230, máximo R$ 3,400.
A diferença de números tem deixado muito motorista rondonopolitano revoltado. “O combustível está muito caro por aqui. O etanol mesmo está mais barato em todo o Brasil, mas aqui só fica mais caro. Tem algo estranho que precisa ser investigado”, conta José Manoel Pasconni, aposentado.
Para consumidora Maria Flávia Ignácio, os preços poderiam ser praticados com valores menores, se os empresários diminuíssem a margem de lucro. “Sem dúvida alguma tem alguém faturado muito com esses preços. Em várias cidades os valores são mais atrativos. Em Rondonópolis não abaixa há um bom tempo. Essa questão deveria ser explicada”, questiona.
Recentemente o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), estabeleceu um teto de 20% de lucro para os postos combustíveis, tomando como referência o preço adquirido junto à distribuidora.
O Procon Estadual considera lucro abusiva valores cobrados acima dessa margem de lucro.
