Chile e Peru se enfrentam nesta segunda por vaga na grande decisão do torneio

Redação PH

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Chile e Peru se enfrentam nesta segunda por vaga na grande decisão do torneio

Abalada por mais um problema de bastidores, com a suspensão de Jara, a seleção chilena tentará dar mais um passo rumo ao título inédito da Copa América contra o Peru de Paolo Guerrero, na semifinal marcada para esta segunda-feira, no Estádio Nacional de Santiago.

Além da forte pressão por jogar em casa, a "Roja" precisou lidar com vários problemas disciplinares no torneio.

Na semana passada, um dos maiores astros da equipe, Arturo Vidal, foi detido pela polícia depois de bater com sua Ferrari que dirigia alcoolizado. Ele acabou sendo mantido na seleção.

Jara não teve a mesma sorte. Ao contrário do incidente envolvendo o meia da Juventus, o zagueiro do Mainz se meteu em uma confusão dentro das quatro linhas.

Na última quarta-feira, foi flagrado por câmeras colocando o dedo nas nádegas do atacante uruguaio Edinson Cavani, que revidou com um leve tapa no rosto e acabou sendo expulso. O incidente abriu caminho para a vitória por 1 a 0 do Chile nas quartas de final.

O árbitro brasileiro Sandro Meira Ricci não viu a "dedada", mas o chileno acabou sendo suspenso por três jogos pela Conmebol, punição que o tira da competição e da primeira rodada das eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018.

Na ausência de Jara, o técnico argentino Jorge Sampaoli deve escalar Miiko Albrnoz, do Hannover, que disputa a posição com Francisco Silva (Bruges), e José Rojas (Universidad de Chile).

Albornoz já disputou uma partida na competição, o empate em 3 a 3 com o México, na segunda rodada da fase de grupos, quando Sampaoli usou uma linha de três zagueiros.

Contra o Peru, o substituto de Jara deve formar dupla de zaga com Gary Medel, da Inter de Milão.

À espera de Alexis

Apesar de todos os problemas disciplinares dentro e fora de campo, a seleção anfitriã vem apresentando o melhor futebol dessa Copa América.

Um jogo vistoso, ofensivo, com passes rápidos para envolver o adversário: essa é a marca de Sampaoli, discípulo do também argentino Marcelo "El Loco" Bielsa, que comandou a "Roja" de 2007 a 2011.

O "clássico do Pacífico" desta segunda-feira coloca frente a frente os dois artilheiros do torneio, Vidal e Guerrero, com três gols cada.

A torcida chilena espera, no entanto, ver brilhar a estrela de Alexis Sánchez, que vem de uma grande temporada com o Arsenal e ficou devendo até agora na competição. Ele marcou apenas uma vez, na goleada de 5 a 0 sobre a Bolívia.

Recém-contratado pelo Flamengo, Guerrero também estava nesta situação, mas acordou nas quartas de final, ao anotar os três gols da vitória por 3 a 1 sobre a vizinha Bolívia.

A torcida rubro-negra pôde comprovar que o faro de gol do artilheiro continua intacto, mas deve secar os peruanos para que possa contar com o reforço o mais rápido possível para o Brasileirão.

O Peru chega nas semifinais como azarão e tentará alçar voos mais altos do que na última edição, quando perdeu por 2 a 0 para o campeão Uruguai, na mesma altura da competição.

Além de Guerrero, os peruanos contam com outro velho conhecido do futebol brasileiro, o técnico argentino Ricardo Gareca, que teve passagem conturbada no Palmeiras no ano passado.

O treinador poderá dispor de duas peças importantes do meio de campo, Carlos Lobatón e Josepmir Ballón, ambos do Sporting Cristal, que não jogaram nas quartas por ter que cumprir suspensão.

Os chilenos também terão que ficar de olho no talentoso meia Christian Cueva, de 23 anos, autor do gol do Peru na derrota por 2 a 1 para o Brasil, na estreia da competição.

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