Central Ligue 180 registra mais de 740 casos de feminicídio em sete meses

Central Ligue 180 registra mais de 740 casos de feminicídio
Crime é o assassinato de mulheres por motivos de desigualdade de gênero - Foto: Pixabay

Central Ligue 180 registra mais de 740 casos de feminicídio em sete meses

Canal direto e gratuito de orientação sobre direitos e serviços públicos para a população feminina em todo o País, o Ligue 180 registrou mais de 740 ocorrências relacionadas a feminicídio e tentativas de homicídio contra mulheres de janeiro a julho deste ano.

Em todo o ano de 2017, a central recebeu mais de 156 mil denúncias. Os dados de 2018 foram oficializados  nessa segunda-feira (13) em balanço do Ministério dos Direitos Humanos (MDH). 

O crime do feminicídio foi definido legalmente em 2015 como o assassinato de mulheres por motivos de desigualdade de gênero. Nos sete primeiros meses do ano foram contabilizados 78 casos de feminicídios e 665 tentativas de assassinatos de mulheres.

Outros tipos de violência contra a mulher também foram registrados no período. Confira:

  • 80 mil relatos de violência de gênero; cerca de 80% classificadas como violência doméstica; 
  • Agressões físicas representam 46,94% das queixas;
  • Três em cada dez denúncias se referem à violência psicológica. 

Entre os crimes mais registrados pelo Ligue 180 no ano passado inteiro foram violência física, com 75.139 mil queixas, violência psicológica, com 52.195 e violência sexual, com 10.225.

No primeiro semestre do ano, o MDH revela que a violência física foi o crime mais registrado este ano, com 34 mil casos, seguida da violência psicológica, com 24.378, e da violência sexual, correspondendo a 5.978 casos.  

Todos os casos 

Além das violências doméstica, física e psicológica, o Ligue 180 registra casos de violência sexual, moral, patrimonial, obstétrica, no esporte, cárcere privado, crimes cibernéticos e agressões contra mulheres migrantes e refugiadas.

As denúncias são encaminhadas para a Defensoria Pública e Ministério Público e outras instituições da rede de proteção das mulheres.  

Os casos de violência também podem ser denunciados via e-mail, pelo [email protected].

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