CBB negocia retorno de medalhistas olímpicos à seleção feminina, diz jornal

Redação PH

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CBB negocia retorno de medalhistas olímpicos à seleção feminina, diz jornal

Dois medalhistas olímpicos podem selar seus retornos à seleção brasileira feminina de basquete nesta segunda-feira. Técnico da equipe que conquistou o bronze nos Jogos de Sydney 2000, Antônio Carlos Barbosa foi convidado para substituir Luiz Augusto Zanon no comando do grupo que competirá no Rio de Janeiro em 2016. Adriana dos Santos, ala prata em Atlanta e também bronze em Sydney, foi chamada para ocupar o cargo de coordenadora. As informações são do jornal “Folha de São Paulo”.

– Está encaminhado. Não está nada certo ainda, mas chega nessa hora e buscam um nome experiente. (…) Em um momento desses, se você não aceita o convite e cai fora, você não está certo – disse Barbosa à “Folha”.

Na última sexta-feira, a Confederação Brasileira de Basquete (CBB) divulgou nota oficial comunicando que Zanon pediu desligamento da seleção a oito meses dos Jogos “para preservar sua saúde”. Apenas uma semana antes o treinador havia feito a convocação para o evento-teste do basquete feminino, a ser disputado no Parque Olímpico em janeiro de 2016.

Zanon chegou ao comando da seleção brasileira feminina de basquete desde março de 2013. Sob sua batuta, as meninas ficaram em terceiro na Copa América de 2013, em 11º no Mundial da Turquia em 2014 e na quarta colocação tanto nos Jogos Pan-Americanos de Toronto como na Copa América, neste ano. Resultados abaixo do que o Brasil obteve entre os anos 90 e os primeiros anos deste século.

O treinador, assim como outros dirigentes que comandam o basquete feminino do país, já não era bem visto por clubes que disputam a Liga de Basquete Feminino (LBF). Neste ponto, a figura de Adriana terá a importância de restabelecer esta boa relação. Até o ano passado a ex-atleta exerceu o cargo de coordenadora da equipe de Americana e hoje é representante das jogadoras junto à Federação Internacional de Basquete (Fiba). Ela se reunirá com a CBB nesta segunda e espera ter um papel ativo caso haja acerto.

– Sei da guerra que existe entre a CBB e o colegiado de clubes. Se eu puder ajudar, eu vou. Mas sei que há muita coisa errada na CBB, muita mesmo, com as quais não vou compartilhar. Tenho filha, marido, emprego (trabalha em um projeto social de uma empresa de saúde), não vou sair de casa para ser um vaso ou uma planta. Se for assim, estou fora. Segunda vou conversar com eles. Quero que essa guerra termine e que as meninas tenham tranquilidade para as Olimpíadas – disse, em entrevista à “Folha”.

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