Número 13 no ranking oficial dos pesos-galos (61 kg) do UFC, Jéssica ‘Bate-Estaca’ já fez seis combates na organização e acumula retrospecto positivo de quatro triunfos, o que lhe garante confiança suficiente para penar em voos mais altos como, por exemplo, encarar uma top 10. Ainda sem luta definida, a jovem paranaense promove uma espécie de campanha nas redes sociais em busca do desejo de enfrentar a compatriota e ex-desafiante ao título Bethe Correia, a quem acusou estar “correndo”.

Bate-Estaca competiu pela última vez no mês passado, quando derrotou Sarah Moras na decisão unânime dos juízes, enquanto Bethe acabou nocauteada por Ronda Rousey no dia 1º de agosto, no Rio de Janeiro. Proximidade de datas que somada à recente rivalidade deve, mais cedo ou mais tarde, garantir o casamento deste desafio, de acordo com a lógica de Jéssica.

“Desafio Bethe a lutar comigo em São Paulo, em novembro (a edição do show está agendada para o dia 7 daquele mês). Espero que ela aceite a luta, mas está correndo, não quer. Estou confiante de que o UFC vai casar esse combate. Após a luta com a Ronda, a Bethe disse que lutaria contra qualquer uma, que não escolhia adversárias. Mas um tempo depois, disse que não queria lutar com brasileiras, que a ideia era pegar uma top cinco que a levasse a nova disputa de cinturão. O que ela esquece, é que não tem técnica, não tem um jogo bom para lutar com ninguém do top 5 e se ela encarar qualquer um desse grupo, irá perder, inevitavelmente. Ela vai acabar ficando sem opção e tendo que lutar comigo de qualquer jeito, aí vai perder e provavelmente ser mandada embora”, disse a lutadora.

Quando perguntada sobre o motivo que a levou a desafiar a compatriota, a jovem lutadora apontou duas razões primordiais que a motivaram a desafiar a oitava colocada do ranking do UFC.

“Na luta que fiz em Porto Alegre, eu já havia a desafiado antes do meu combate com Marion Reneau, mas acabou que eu perdi a luta. Ela mandou uns recados dizendo que sabia o que ia fazer com a Ronda, diferentemente de mim, que havia lhe desafiado e nem tinha conseguido passar pela minha adversária. Isso me deu raiva e quero provar a Bethe que não apenas falo, mas faço”, disse Jéssica antes de apontar a segunda e principal razão que a motivou ao desafio.

“Seria bom para mim, pois o meu jogo casa com o dela, já que ela não tem muita técnica em pé e principalmente no chão. Uma vitória me colocaria entre as dez melhores do peso e próxima de uma disputa de cinturão”, analisou, já emendando um recado para Bethe ‘Pitbull’.

“Pare de falar tanto e aceite lutar comigo logo. Quem gosta de falar muito é ela, e não eu. A Bethe mostrou ao mundo ser uma pessoa arrogante, já que acredita que tem alguma técnica. Então a espero dentro do cage”, encerrou.

Com um cartel com nove vitórias e uma derrota, a paraibana Bethe Correia perdeu a sua invencibilidade para Ronda Rousey após acumular três triunfos no Ultimate. Já a paranaense Jéssica Andrade, que tem apenas 23 anos, construiu um cartel com 13 vitórias e quatro derrotas no MMA profissional.