Brasil se compromete com o combate ao AVC e altos níveis de colesterol

Campanha alerta para os sinais de um AVC e quando procurar ajuda
Arquivo/Agência Brasil

Brasil se compromete com o combate ao AVC e altos níveis de colesterol

Brasil e mais 11 países da América Latina assumiram um compromisso conjunto de reduzir a mortalidade por Acidente Vascular Cerebral (AVC). As nações assinaram, na última semana, a Carta de Gramado, documento no qual se comprometem, também, a promover a saúde mental e o bem-estar das populações até 2030.

O documento foi assinado durante o XXI Congresso Iberoamericano de Doenças Cerebrovasculares, no Encontro Interministerial Latino-americano de AVC, em Gramado (RS).

Participam da cooperação internacional, além do Brasil: Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, México, Panamá, Paraguai, Peru e Uruguai. Na maior parte desses países, a doença é a segunda causa de morte.

No Brasil, o AVC é a causa mais frequente (10% do total) de óbito na população adulta e consiste no diagnóstico de 10% das internações no Sistema Único de Saúde (SUS).

Os dados mais recentes do Ministério da Saúde, de 2016, apontam que, naquele ano, o SUS registrou 188,2 mil internações para o tratamento de AVC isquêmico e hemorrágico, além de 40 mil óbitos pela doença.

Atualmente, o Brasil é referência no tratamento do AVC para os demais países da América Latina e já dispõe de Linha de Cuidados em AVC estabelecida como política pública de saúde.

Documento

Na Carta de Gramado, os países se comprometem a: proporcionar educação da população quanto aos sinais de alerta, urgência no tratamento e controle dos fatores de risco; promover ambientes seguros e saudáveis para estimular a realização de atividade física; implantar políticas para o controle do tabaco; estimular a alimentação saudável, para reduzir o consumo de sal, uso prejudicial de álcool e controlar o peso; visando diminuir a incidência de doenças cardio e cerebrovasculares.

Os compromissos também incluem estabelecer estratégias de detecção de fatores de risco tratáveis como hipertensão, fibrilação atrial, diabetes e dislipidemias; promover a atenção, visando ao controle dos fatores de risco tratáveis; organizar o atendimento pré-hospitalar, priorizando o paciente com AVC; priorizar a estruturação de centros de AVC, organizar unidades de AVC com área física definida e equipe multidisciplinar capacitada, disponibilizar tratamentos de fase aguda baseados em evidência, disponibilizar exames para investigação etiológica mínima, promover alta hospitalar para prescrição de prevenção secundária, estimular o uso de telemedicina nos hospitais sem acesso e especialista em tempo integral para orientação do tratamento agudo.

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