Bezerra pede apoio para PL que reduz desperdício de alimentos

Redação PH

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Bezerra pede apoio para PL que reduz desperdício de alimentos

(BRASÍLIA) – Estudo feito pela Associação Brasileira de Agribusiness aponta que o prejuízo do setor chegou a R$ 2,7 bilhões na safra 2004-2005, apenas na fase de transporte dos grãos. Diante desse desperdício, o deputado Carlos Bezerra (PMDB-MT) pediu na Câmara apoio para aprovação Projeto de Lei 3.635/08, de sua autoria, para tornar obrigatório o uso de lonas internas nas carrocerias de caminhões, quando transportarem grãos.

“Além da perda do alimento, em si muito deplorável, o transporte inadequado, ao permitir o derramamento de grãos, concorre para aumentar a sujeira nas vias e cidades e ainda para provocar sérios acidentes de trânsito e morte de animais, que saem das matas para comer os grãos.”, justifica Bezerra.

A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) estabelece uma distinção entre desperdício e perda de alimentos. O desperdício está relacionado à comercialização e ao consumo e, embora se verifique em todo o planeta, tende a ser maior, por habitante, nos países ricos e industrializados.

Só a quantidade desperdiçada pelos consumidores desses países corresponde à produção alimentar de toda a África Subsaariana, que gira em torno de 230 milhões de toneladas por ano.

Já a perda está ligada às fases da produção, da colheita e da distribuição e se verifica, em maior grau, nos países em desenvolvimento, carentes de tecnologia, de mão de obra especializada e de infraestrutura.

“Infelizmente, segundo estimativas, o Brasil sofre consideráveis prejuízos tanto em um caso quanto em outro. Em média, cerca de 20% do que as famílias compram em uma semana acabam sendo desperdiçados. E 30% da produção agrícola são perdidos durante as fases de plantio, colheita, transporte, armazenamento.”, afirmou Bezerra.

Estudo realizado pela Embrapa

A partir de dados do IBGE, pesquisa da Embrapa aponta que, abrangendo apenas o plantio e a pré-colheita do milho, entre os anos de 1996 e 2002, comprovou perdas da ordem de 6%.

Se esse percentual fosse aplicado à média das últimas safras de milho, a perda anual representaria quase 5 milhões de toneladas. Esse montante refere-se somente às fases de plantio e pré-colheita de um único item da pauta agrícola.

“Trata-se, portanto, de problema gravíssimo, especialmente quando se levam em conta suas implicações na subnutrição, que atinge 26% das crianças em todo o mundo, e na crescente escassez de recursos naturais motivada pela necessidade de prover alimentação a populações cada vez maiores.”, criticou Bezerra.

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