O Governo do Estado recebeu, nestasegunda-feira (22), o ‘Balanço Energético de Mato Grosso 2017’, durante o VIII Seminário de Energia realizado no auditório da Federação das Indústrias de Mato Grosso(Fiemt), em Cuiabá. O material foi produzido pelo Núcleo Interdisciplinar de Planejamento Energético(Niepe) da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), por solicitação da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec).
A proposta da Sedec é que através da contratação de entidades especializadas, o resultado desses estudos (do que se produz e do que se consome em termos de energia em Mato Grosso) aliado a uma visão futura, formará as bases da formulação dos planos de governo na área.
“Para nós, é interessante esses estudos para termos uma base sólida de informações necessárias para planejar ações. É essencial, tanto para o contexto econômico, quanto para setores de infraestrutura, com as simulações de diferentes cenários de mercado e seus efeitos diante dos impactos macroeconômicos, mudanças tecnológicas e eficiência energética, ou mesmo riscos ambientais e vulnerabilidades no ambiente político ou de negócios”, explicou o secretário da Sedec, Ricardo Tomczyk.
O ‘Balanço Energético de Mato Grosso 2017’ aponta que o Estado triplicou sua capacidade hidrelétrica nos últimos 10 anos, chegando a exportar cerca de 20% a 30% de energia para outros municípios e países. O Estado que é autossuficiente em energia desde os anos 90, também cresceu em número de empreendimentos hidrelétricos e vem investindo em biomassa e energia solar que são fontes de energia limpa e ainda tem produzido e exportado etanol.
Entre os dados que constam na publicação, está a distribuição da matriz energética que é formada predominantemente pelas hidrelétricas (75%), cuja matéria prima é a água, usinas termelétricas (20%), que geram energia a partir do gás e da biomassa (5%), a partir, por exemplo, do bagaço da cana de açúcar.
De acordo com o Sindenergia, atualmente 145 usinas centrais de energia estão em operação, a maioria delas PCH (Pequena Central Hidrelétrica). Além disso, somente uma área de 2% no Estado não tem nenhum tipo de fornecimento.
“O Balanço Estadual constitui o instrumento fundamental para o planejamento energético regional e para a implantação e tratamento das políticas energéticas. Ao longo dos anos, a UFMT através do Niepe tem elaborado para o Governo do Estado o referido documento que traz um panorama por mesorregiões que nos auxilia na tomada de decisões mais assertivas”, explica o adjunto de Indústria, Comércio, Minas e Energia da Sedec, Lucas Barros.
O evento contou com as presenças do secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético doMinistério de Minas e Energia, Eduardo Azevedo, o vice-governador de Mato Grosso, Carlos Fávaro, o secretário de Desenvolvimento Econômico (Sedec), Ricardo Tomczyk, o deputado federal, Fábio Garcia e o presidente doSindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica e Gás de Mato Grosso(Sindenergia), José Antonio Mesquita. Eles integraram a mesa de honra na abertura do VIII Seminário de Energia.
Futuras edições
Após um hiato de quase sete anos desde que o último balanço foi elaborado no Estado, em 2010, a Sedec retomou o projeto e traz, nessa edição do Balanço Energético, uma publicação atualizada concluída em 2015 com dados relativos aos anos de 2010/11/12/13/14.
A partir de agora, a intenção é publicar o balanço a cada dois anos. Nesse sentido, a Sedec já encaminhou em abril para a UFMT o Oficio 127/2017 com tal demanda.
Outro importante instrumento para o Estado é a ‘Visão da Matriz Energética’ que projeta o cenário para os próximos 20 anos, e também foi formalizada junto a UFMT, pela Sedec, por meio do Oficio 128/2017 que visa solicitar estudos desta Matriz em diversos cenários e uma projeção de como estará em 2036