Hackers podem atacar sistemas de entretenimento de aviões comerciais – cada vez mais conectados à Internet – para sabotar sistemas eletrônicos na cabine de comando, segundo relatório do governo dos Estados Unidos.

A cibersegurança em voos foi identificada como "um problema de importância crescente" ao qual a Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA) deve começar a prestar mais atenção, informou a agência de auditorias do Congresso (GAO).

Até recentemente, os sistemas eletrônicos usados ​​para navegar um avião – conhecidos como "aviônicos" – trabalhavam de forma independente.

Mas agora "modernas tecnologias de comunicação, incluindo a conectividade IP, estão sendo cada vez mais utilizadas por sistemas de avião, que poderiam fornecer o acesso a pessoas não autorizadas e comprometer a tecnologia 'aviônica'", destacou o GAO em relatório.

"No entanto, de acordo com a FAA e os especialistas com quem falamos, as redes IP poderiam permitir que um hacker tenha acesso à distância aos sistemas aviônicos, comprometendo-os", alertou.

Em teoria, as proteções antivírus (conhecidas como "firewall") deve, blindar os sistemas aviônicos "de qualquer intrusão de usuários na cabine, como os passageiros que utilizam os sistemas de entretenimento a bordo".

Mas quatro especialistas em segurança cibernética explicaram ao GAO que os firewalls – programas de computador comuns – podem ser hackeados como qualquer outro programa.

A FAA ainda não estabeleceu um regulamento sobre o assunto nos processos de certificação de novos aviões, mas seus diretores garantiram aos auditores que a agência está tratando o problema.