A Austrália nunca teve nenhuma possibilidade de obter a sede da Copa do Mundo de 2022 e não pagou qualquer suborno, afirmou o presidente da Federação de Futebol do país, Frank Lowy.
A Austrália, que disputava com Estados Unidos, Japão, Coreia do Sul e Catar, recebeu apenas um voto, apesar de um investimento de 32 milhões de dólares na campanha de promoção da candidatura. O Catar foi escolhido o país sede do Mundial de 2022 em 2 de dezembro de 2010.
Lowy se negou a opinar se o adversário conseguiu vitória com o pagamento de subornos a delegados da Fifa.
"Não quero fazer nenhuma acusação que não posso comprovar", disse Lowy em uma entrevista ao canal Sky News. "Mas atribuir o Mundial a um país onde faz 50 graus durante as partidas, como você acredita que aconteceu?", prosseguiu.
"Eu não sou o melhor perdedor do mundo. Tenho pesadelos com todo o trabalho que fizemos e não chegamos a lugar nenhum", completou.
Na semana passada, a polícia australiana anunciou uma investigação de um suposto caso de desvio de recursos da candidatura da Austrália à sede da Copa de 2022.
Lowy deve explicar como 500.000 dólares australianos foram parar em uma conta de Jack Warner, ex-vice-presidente da Fifa e dirigente da Concacaf. O presidente negou que a quantia seria um suborno.
"Não aconteceram subornos neste processo. Não me preocupo em nada", completou.
Na semana passada, Lowy afirmou que o processo de escolha do Catar "não foi claro", e acusou o trinitino Jack Warner de fraudar uma importante doação australiana.
Segundo Lowy, a Concacaf pediu quatro milhões de dólares australianos para um centro de formação em Trinidad e Tobago, mas a Federação Australiana e o comitê organizador aceitaram oferecer apenas 500.000 dólares.
Para ele, o dinheiro foi enviado à Concacaf, mas Warner "desviou os recursos em benefício próprio".