Apoio do BNDES aumentou a presença de cinemas em pequenas cidades

Cinemas têm até janeiro para garantir acessibilidade a cegos e surdos
Marcelo Camargo/Agência Brasil

Apoio do BNDES aumentou a presença de cinemas em pequenas cidades

Os investimentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no setor cultural do Brasil permitiu o aumento de salas de exibição de produtos audiovisuais em regiões fora do eixo Rio/São Paulo.

É o que aponta o Relatório de Efetividade, lançado hoje (5) pela instituição. O documento apresenta resultados da atuação do Banco para o desenvolvimento econômico e social no país.

A gerente do departamento de Economia da Cultura do BNDES, Fernanda Farah, contou que no âmbito do Programa Cinema Perto de Você, que conta com recursos do Procult e do Fundo Setorial do Audiovisual, houve a aprovação pelo banco de projetos de mais de 400 salas entre 2009 e 2017.

Junto com a criação de novas salas, o banco investiu na modernização dos cinemas, com sistemas de digitalização. A operação aplicou R$ 123 milhões com a digitalização de 770 salas.

Fernanda contou que foi a troca da máquina de projeção de rolo de filme para o padrão digital com HD, transferência de tecnologia que feita por grandes empresas, mas que as menores não tinham condições de realizar.

“Os pequenos e os médios não tinham como fazer esta troca porque o equipamento é muito caro. A gente conseguiu em parceria com o fundo setorial fazer uma linha de longo prazo que contemplou 770 salas espalhadas no Brasil inteiro. Praticamente 100% do parque exibidor é digitalizado hoje em dia. A gente conseguiu atender aquele pequeno exibidor que tem duas salas, naquela pequena cidade”, explica.

O chefe do Departamento de Avaliação e Promoção da Efetividade do BNDES, Vitor Pina, destacou que com o programa houve uma interiorização dos projetos. Em alguns casos, foi instalado o primeiro cinema da cidade e da região. “Atingiu um público que não tinha muito acesso a esses bens culturais. Teve uma democratização do acesso à cultura e mesmo em grandes metrópoles, os projetos estão nas periferias”, disse em entrevista à Agência Brasil.

O gerente do Departamento de Avaliação e Promoção da Efetividade do BNDES, Leonardo Oliveira, disse que o banco fez um estudo sobre o impacto dos investimentos em salas de exibição para o aumento de público, com análise na aplicação de recursos em uma empresa de Londrina (PR).

“Para esse cliente em comparação com clientes similares que não receberam o apoio do banco, a evolução dele foi bem significativa”, disse. Segundo ele, o público da empresa foi 259% maior do que o grupo de comparação e em relação às salas foi 425% maior.

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