Acordo com a Votorantim é desdobramento de auditorias do começo da gestão

Redação PH

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Acordo com a Votorantim é desdobramento de auditorias do começo da gestão

OTermo de Compromisso e Ajustamento de Conduta (TAC)firmado nestaquarta-feira (16.08) entre o Governo de Mato Grosso, o Ministério Público Estadual e a empresa VotorantimCimento Brasil S/A é um dos desdobramentos dasauditorias realizadas em 2015 pela Controladoria Geral do Estado (CGE-MT)nos processos deincentivos fiscaisdo Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS).

Nos trabalhos, a CGE identificou graves irregularidades formais e materiais na concessão de incentivos fiscais pelo Governo de Mato Grosso no último quadrimestre de 2014,por meio do Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial de Mato Grosso (Prodeic).Entre as irregularidades:ausência de estudo de impacto das renúncias de receita, falta de exigência da documentação e das certidões necessárias para o enquadramento das empresas no Prodeic, fruição de incentivos sem a devida publicação do benefício no Diário Oficial etc.

As auditorias decorreram daOrdem de Serviço nº 022/2015 e resultaram nos Relatórios nº 16/2015 e nº 134/2015. Para a análise, os auditores do Estado selecionaram processos de 20 empresas, que, juntas, somavam R$ 716 milhões em investimentos.

A partir das auditorias e consequentes recomendações da CGE, a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec) e a Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz) elaboraram planos de providências para saneamento dos processos objetos das auditorias, entre eles estava o da Votorantim.

As providências previam o levantamento do montante de ICMS que deixou de ser recolhido aos cofres públicos e a notificação das empresas para o pagamento dos débitoscom a Fazenda Estadual desde o indevido enquadramento no Prodeic.

O secretário-controlador geral do Estado, Ciro Rodolpho Gonçalves, explica que nesse contexto foram iniciadas as negociações que resultaram na formalização doTAC, o qualprevê o ressarcimento de R$ 253 milhões aos cofres públicos.

“Esses trabalhos integraram o pacote de auditorias dos 100 primeiros dias da atual gestão. Desde aquela época, sabíamos que o que foi revelado demandaria trabalhos que se postergariam ao longo do tempo. Neste caso, a colheita efetiva veio dois anos depois, por meio de uma economia potencial que se tornou efetiva”, destaca.

As auditorias também serviram de embasamento para a Sefaz e Sedec reorganizarem os trâmites de concessão e acompanhamento dos incentivos fiscais, mediante aimplementação de controlescom mais correição, segurança e produtividade.

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