Acidentes matam 280 nas rodovias federais em MT em 2014, diz PRF

Redação PH

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Acidentes matam 280 nas rodovias federais em MT em 2014, diz PRF

Duzentas e oitenta pessoas perderam a vida por conta de acidentes nas rodovias em Mato Grosso no ano de 2014. De acordo com um balanço da Polícia Rodoviária Federal (PRF), no ano passado a instituição registrou 4.428 acidentes nas cinco rodovias que cortam o estado: BR-070, BR-158, BR-163, BR-174 e BR-364.

Se comparado a 2013, os casos de acidentes e mortes nas ocorrências tiveram uma redução, mesmo que ainda considerada pequena: 4.552 acidentes (-2,73%) e 297 mortes (-5,73%). Para o superintendente da PRF em Mato Grosso, Arthur Nogueira, é preciso considerar o aumento de quase 8,6% na frota de veículos no estado.

“Isso impacta diretamente em nós. A rodovia não acompanha esse total de aumento de veículos, é uma série de fatores. Estamos falando de 12 acidentes por dia. Se consideramos os 4,1 mil km de rodovia, [sendo] que a grande maioria só de pista simples e os veículos se cruzam constantemente”, disse o superintendente ao G1.

Conforme a PRF, além da infraestrutura das rodovias não seguir o aumento de veículos em circulação, o grande problema nessa quantia de acidentes seria explicado pelo próprio comportamento do motorista na estrada, ainda considerado imprudente pelos policiais.

“Nossa preocupação é fazer com que esses acidentes tenham um impacto menor, que é não causar feridos graves e nem tantos mortos. Fazer com que o impacto seja reduzido é primeiramente a utilização do cinto de segurança por parte dos ocupantes. Temos diversas mortes em que os passageiros insistem em ficar sem o cinto e o condutor não obriga. Eles são arremessados ou esmagados no veículo. Hoje o cidadão tem preocupação em ter segurança na sua residência mas quando sai com o veículo não tem essa mesma preocupação”, comentou Arthur Nogueira.

Pelos dados da PRF, 115 (41%) mortes desses acidentes foram provocadas por colisão frontal, que diretamente tem ligação com ultrapassagem proibida ou forçada. Outras 62 (22%) mortes foram por 'saída de pista', 'tombamento' ou 'capotamento', sendo que esses fatores são explicados por excesso de velocidade.

"Algumas pessoas não fazem planejamento da viagem ou não conhecem os trechos. Existe a falta de experiência na ultrapassagem, [por] não conhecer o próprio veículo, ou o porte do motor. O outro [fator] é que os motoristas não praticam a direção defensiva e nem a velocidade reduzida enquanto alguém faz uma ultrapassagem. Todos aceleram. É uma batalha da lei do maior", pontuou Nogueira.

Das mortes de todos os acidentes, 54 dessas vítimas eram motociclistas, o que corresponde a 19% do total. Segundo a PRF, houve um aumento de 15% no número de acidentes com moto e 4% no número de mortos em comparação a 2013.

“Geralmente os acidentes com moto são próximos aos municípios que margeiam as BRs. [São vítimas de] 20 a 30 anos onde andariam sem capacete ou cometem infrações com motos que não são feitas para rodarem em rodovias federais. Outro problema é com as carretas. O condutor [da carreta] tem pontos cegos e dependendo de onde o motociclista está ele não vai enxergar. As motos desses acidentes foram feitas para a cidade, para entregas ou pequenos deslocamentos”, finalizou.

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