3 motivos pelos quais os antibióticos podem fazer mais mal do que bem

Redação PH

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3 motivos pelos quais os antibióticos podem fazer mais mal do que bem

A sua mãe estava certa: às vezes você só precisa esperar a doença passar.

Costuma ser assim: você vai dormir com a garganta coçando um pouco e acorda com o esôfago parecendo uma lixa. Você vai ao pronto-socorro, é rapidamente examinado, e volta para a casa com a receita de um antibiótico.

Não parece nada demais, não é? Talvez — apenas se vocês (você e seu médico) não estiverem exagerando na dose. Mas a verdade é que é possível que vocês estejam. Um estudo de 2013 publicado no JAMA Internal Medicine mostrou que os médicos estavam prescrevendo antibióticos em 60% das visitas por causa de dores de garganta. Esta taxa deveria ser de mais ou menos 10%.

Os antibióticos são extremamente úteis e importantes — eles matam as bactérias, impedindo que elas se multipliquem e permitindo que o corpo lute contra a doença. Entretanto, como eles também matam as bactérias boas, os antibióticos podem causar danos significativos. “Quando falo com meus pacientes, a principal mensagem que tento transmitir é a de que se você não tem uma infecção bacteriana, um antibiótico pode fazer muito mais mal do que bem,” diz Jeffrey Linder, professor associado de medicina no Hospital Brigham and Women, nos Estados Unidos, e coautor do estudo mencionado.

Você pode estar se perguntando: o que é classificado como uma infecção bacteriana? Pneumonia, sinusites graves (com duração maior do que 10 dias), infecções no ouvido, e infecção na garganta por estreptococos. Em todos os outros casos, de gripes e resfriados até a bronquite aguda, você deve perguntar ao seu médico se realmente precisa daquela receita de antibiótico. A seguir, conheça três motivos pelos quais os antibióticos podem ser prejudiciais para a nossa saúde.

Seu intestino não irá lhe perdoar

Você já notou que às vezes os antibióticos aceleram o trânsito intestinal mais do que você gostaria? Isso ocorre porque ele está eliminando todo tipo de bactéria — as ruins e as boas — perturbando completamente a ordem no seu intestino. Embora muitos se sintam aliviados logo após terminar o uso do antibiótico, algumas pessoas nunca se recuperam completamente, de acordo com um estudo publicado no The American Journal of Gastroenterology. Os pesquisadores descobriram que participantes que tomaram mais de 3 antibióticos em um período de 5 anos tinham 1,5 mais chance de desenvolver a síndrome do intestino irritável — mais especificamente, a colite ulcerativa ou doença de Crohn. (Equilibre as bactérias saudáveis no seu intestino para perder peso mais facilmente.)

O mesmo vale para a sua cintura

Você provavelmente já sabe que a carne que você come contém antibióticos, mas você sabe por que eles estão lá? Eles são usados para engordar as vacas e os frangos antes do abate (os cientistas não sabem ao certo por que isso funciona, mas o método é realmente eficaz). E os antibióticos podem estar fazendo o mesmo com o seu corpo.

Um estudo publicado no International Journal of Obesity descobriu que antibióticos consumidos pelas crianças não influenciam apenas no ganho de peso na infância, mas também nos anos que virão. Os pesquisadores descobriram que crianças que tomaram antibiótico pelo menos 7 vezes na sua vida tinham um peso aproximadamente 1,4kg maior aos 15 anos do que as crianças que não tomaram antibióticos. Os antibióticos também foram associados ao desenvolvimento de diabetes tipo 2 (que tem a obesidade como um dos fatores de risco): os participantes do estudo que tinham tomado antibióticos cinco vezes ou mais, tinham uma chance 53% maior de desenvolver a doença.

E talvez até o seu cérebro.

Você está cansado de ouvir falar na conexão entre o cérebro e o intestino? Então já pedimos desculpas antecipadamente, mas quando os antibióticos eliminam as bactérias presentes no intestino — boas e ruins — eles também estão afetando a sua mente.

De acordo com um novo estudo publicado no Journal of Clinical Psychology, um único tratamento contendo antibióticos pode estar associado a um risco maior de depressão e ansiedade. Este risco aumenta com cada dose subsequente de antibiótico — os pesquisadores descobriram que os participantes tinham uma chance 50% maior de serem diagnosticados com depressão ou ansiedade após cinco tratamentos diferentes de penicilina.

Prevention
Por Amber Brenza

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